12 de dezembro de 2010

INFOGUERRA


Por Laire Rosado
WIKILEAKS III

Representar um ínfimo percentual de sua potencialidade. A comunicação tem mostrado avanços até difíceis de acompanhar. Um fato importante é que não existe patenteamento do que pode ser multiplicado. A maioria dos grandes empreendimentos criados não saiu de laboratórios de universidades, mas da iniciativa de pessoas que se tornaram milionárias. Com a internet, todos passaram a ter direito a opinar, nos blogs ou twitteres. Jornalistas do mundo inteiro decidiram levar informações ao povo, criando sites para encaminhá-las gratuitamente a todo tipo de mídia. A satisfação é ver sua opinião divulgada.

Os satélites transmitem imagens de todo o planeta, desvendando a intimidade dos lares e enfraquecendo os serviços de segurança dos países. Os computadores, por mais seguros que sejam, vez ou outra são invadidos por hackers que roubam o que há de mais secreto. O mundo ficou perplexo ao assistir, ao vivo, a invasão do Kuwait pelas tropas de Saddam Houssein. Depois, os americanos transmitiram a invasão a Bagdá. Nesses episódios, a Rede de Televisão Al Jazira tornou-se mundialmente conhecida pela nitidez de suas transmissões. Explorar os inúmeros recursos da informática tem sido a grande curiosidade do momento. E, ninguém sabe até onde ela chegará.

WikiLeaks iniciou a ciberguerra universal. O termo é composto de uma palavra de origem havaiana, wiki-wiki, que significa, muito rápido. Leak, em inglês, pode ser traduzido por vazamento. O site tem assustado dirigentes mundiais que tiveram seus segredos revelados. O mundo diplomático tem sido o alvo principal, mas os mantenedores do WikiLeaks já anunciaram a divulgação de negociações dos grandes bancos internacionais. Julian Assange, responsável maior pelo sistema, defende a necessidade de tornar as instituições mais transparentes, sendo esse seu principal compromisso. E tem conseguido apoio por toda parte, até mesmo do presidente Lula.

O WikiLeaks iniciou a infoguerra, que não se sabe quando acabará. O governo americano foi o primeiro alvo, mas outros já tiveram documentos revelados, inclusive o Brasil. Acredita-se que os vazamentos começaram depois do ataque às Torres Gêmeas, de Nova Iorque, quando os americanos começaram a compartilhar suas mais informações secretas com outros países. Não há como negar a possibilidade de outros sites repetirem o modelo de espionagem de Julian Assange, até com mais sofisticações. A prisão do australiano teve efeito imediato. Jornalistas do mundo inteiro, denominando-se de independentes, passaram a divulgar o WikiLeaks.
fonte:http://www2.uol.com.br/omossoroense/mudanca/conteudo/laire.htm

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