27 de julho de 2013

Luta contra os leilões de petróleo

Agência Nacional de Petróleo-ANP pretende licitar o Campo de Libra, um dos principais reservatórios do pré-sal





Intensificar a luta contra os leilões de petróleo. Este foi um dos principais temas tratados durante a 11ª Plenária Nacional da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), que aconteceu nos dias 19 e 20 de julho, em São Paulo. Além da FUP, participaram do evento a CTB, CUT, UNE, MAB, MST e diversas outras organizações sindicais e populares.

O coordenador da FUP, João Antonio de Moraes, foi enfático ao defender a necessidade de barrar as privatizações que ameaçam a soberania nacional, a começar pela luta contra os leilões de petróleo. Ele destacou que, na 11ª rodada de licitação, promovida pela ANP, em maio deste ano, dos 142 blocos leiloados, apenas 12 serão operados pela Petrobrás.

João Moraes alertou, ainda, para o risco que a continuidade dos leilões representa à soberania nacional. No dia 22 de outubro, a ANP pretende licitar o Campo de Libra, um dos principais reservatórios do pré-sal, que pode conter até 15 bilhões de barris de petróleo.

"O pré-sal deve responder ao interesse do Brasil e não pode ficar à mercê dos interesses privados, muito menos, do cartel transnacional. Quem descobre não faz leilão, pois à medida que o petróleo for escasseando, quanto mais raro, mais caro”, frisou o coordenador da FUP.

Além da questão do petróleo, os representantes de entidades sindicais e populares participantes da Plenária também defenderam a necessidade de ampliação da unidade e intensificação da mobilização para a luta contra o superávit primário e os monopólios de mídia.

Diversos representantes alertaram, ainda, para a necessidade do Governo e do Congresso Nacional ouvirem a voz das ruas, que “clama por mais Estado, mais investimentos na saúde, na educação e no transporte público, na reforma agrária e urbana”. Nesse sentido, foi bastante enfatizada a urgência de o país "romper com a lógica do superávit primário, que sangra a população em benefício do capital especulativo".

Fonte: FUP

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