Trama obscura, roteiro inescrupuloso, conluio criminoso
Publicado por waltersorrentino em 24/10/2011
A trama é obscura: o ministro Orlando Silva desviaria verbas públicas para o PCdoB e ele próprio, recebendo dinheiro na garagem. O termo “supostamente” só uma semana depois compareceu nas matérias.
O roteiro é inescrupuloso: ilações repetidas para formar uma “verdade”. No alvo o PCdoB, que se beneficiaria de verbas públicas por meio de ONGs. Agridem não só o partido, mas a própria autonomia das organizações populares.
O conluio não é tão surpreendente mas criminoso: um reconhecido malfeitor, condenado pelo próprio Ministério e com dezenas de processos nas costas, com a mídia monopolista do país.
Vale tudo para atingir a honra da legenda e, assim, atingir também o governo Dilma. Promovem o enxovalhamento da política e os julgamentos sumários, sob a capa de “fiscalização da administração pública”.
O Ministério vem dando as respostas a todas as questões de fiscalização demandadas e tem o amparo dos órgãos competentes da República. Seu sítio está pleno de esclarecimentos.
Quanto ao PCdoB, tem as contas aprovadas pelo TSE já julgadas até 2006; contas eleitorais aprovadas até 2010, sua sede foi comprada com uma campanha memorável, da militância e das relações democráticas do PCdoB no país, tendo contribuído quase todos os governadores, incluído José Serra e centenas de autoridades políticas. Tudo público e contabilizado!
É o partido que desde cedo levantou a bandeira do financiamento público de campanha. Seu programa por um novo projeto nacional de desenvolvimento inclui a defesa do bem público, o trato republicano da coisa pública, a ética e a moral elevada com que se quer construir uma nação avançada. Defende a sua autonomia em relação aos movimentos sociais e aos entes institucionais de que participam seus membros. São os modos de aperfeiçoamento democrático no país par um novo patamar civilizacional. Sem falar no essencial: democratização da mídia.
Aos comunistas, difamam, caluniam e injuriam, como ontem perseguiam, torturavam e assassinavam. Demonstram não tolerar o crescimento marcante de uma organização de esquerda comunista na onda progressista que vive o Brasil rumo à sua afirmação nacional, com democracia e justiça social.
Queriam quiçá uma força entrincheirada, defasada ideologicamente dos tempos contemporâneos, com um papel apenas nostálgico e testemunhal dos acontecimentos políticos. Não esperavam – fanáticos que foram do fim da história, 20 anos apenas após a queda do Muro de Berlim – o PCdoB com protagonismo crescente, com um programa renovado, uma identidade coerente e uma conformação organizativa unida, combativa e militante.
O PCdoB mudou para permanecer o mesmo, mas renovado e mais forte. A paixão não nos abandonou. Ela se ocupa dos novos tempos, de colocar decisivamente o PCdoB no primeiro escalão da política nacional, com seu programa partidário.
Por isso estamos indignados contra a campanha infame. Exigiremos justiça, até se restabelecer a verdade.
Esta é uma luta ligada aos avanços ainda maiores no novo projeto nacional de desenvolvimento. Com a reagudização da crise capitalista no mundo, Dilma Rousseff comanda uma cruzada para o país reagir à crise mundial, repactuar o processo de desenvolvimento e promover maior afirmação nacional. Desse movimento, pode estar nascendo um processo de hegemonia mais duradoura das forças avançadas sobre o futuro do Brasil.
A todos de quem temos merecido confiança, estejam certos: o PCdoB é o mesmo; quando aponta o futuro não esquece seu passado honrado em prol dos trabalhadores, da nação, da democracia e do socialismo. Não é só o tempo que o dirá; o próprio presente, de lutas e combates, em defesa do ciclo aberto no país em 2002 com Lula, hoje avançando ainda mais com Dilma presidenta.
Façamos assim: comparemos as trajetórias de honra e coerência de 90 anos de luta do PCdoB com as dos que nos detratam, as organizações plutocráticas da mídia nativa.
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