28 de julho de 2010

RN SUAS RIQUEZAS NATURAIS DESAFIAM A MISÉRIA



As nossas riquezas do semi-árido

Existem pelo menos dois estudos mais recentes que evidenciam a verdadeira riqueza que habita no meio de nós, aqui no semi-árido nordestino. E o que desperta maior atenção é o fato dessas riquezas existirem, poderem contribuir para a melhoria efetiva dos padrões de vida dos nordestinos, mas não serem devidamente exploradas no bom sentido da palavra. Os estudos técnicos a que aduzimos falam de uma riqueza que está escondida na nossa região. Um deles interroga: "Quanto vale a caatinga?", editado pela Fundação Konrad Adenauer. E o segundo alude a "Biodiversidade da caatinga: áreas prioritárias para a conservação", editado às expensas do Ministério do Meio Ambiente. São literaturas ricas em conteúdo e capazes de dar uma contribuição fenomenal para que nos vejamos livres das amarras da pobreza e da miséria secular que nos oprime, mas ao mesmo tempo correm ambas as publicações o sério risco de se tornarem literaturas desconhecidas. Elas mostram em contrapartida o imenso potencial à espera de pioneiros para explorá-lo devidamente.

É verdade que até hoje o povoamento e a ocupação da região Nordeste tiveram seus fundamentos fincados na destruição do meio ambiente. E o resultado disso é o que se encontra aí à mostra para todos enxergarem: rios secos, crescente desertificação e a fauna em extinção, a flora afetada pelas estiagens e o seu solo exaurido pelo uso de culturas inadequadas e métodos superultrapassados de cultivo.

Mas, não nos desanimemos no seu todo, porque existem ainda alguns santuários de belezas e valores naturais inquestionáveis protegidos ainda pelo seu isolamento ou mesmo pela sua população rarefeita. São todas essas situações que estão aí a desafiar a nossa competência, mas que demonstram por outro lado que mesmo com esse quadro de dificuldades, é possível preservar o meio ambiente enquanto sobrar o que proteger.

O que se sente é que alguma coisa precisa ser feita para tirar a nós da região Nordeste dessa crônica miséria anunciada, divulgando as nossas potencialidades, estimulando a iniciativa privada a investir em empreendimentos capazes de extraírem, com equilíbrio, as nossas riquezas. O Ministério do Meio Ambiente pode dar uma contribuição importante nesse sentido e precisa sair de suas limitações para dar um passo mais largo e firme e avançar no rumo de futuro.

Já ao empresariado caberia a tarefa de oferecer contrapartida na exploração controlada de atrações turísticas voltadas para os locais mais atrativos e identificados com a preservação e valorização do meio ambiente.

Está provada por todas as formas a viabilidade da região nordestina. Falta só um aspecto para concretizar tudo isso: que ela seja efetivamente priorizada pelos governos.


FONTE: Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos - RN
por Rosalie Arruda

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